Cursos oferecidos nas instituições de ensino superior do país estão actualmente desalinhados, afirma Maria Bragança Sambo.
De acordo com a titular da pasta, Maria do Rosário Sambo, que se dirigia hoje, segunda-feira, à comunidade académica da escola superior politécnica do Zaire, em Mbanza Kongo, o seu sector trabalha na elaboração das normas curriculares gerais para o alcance deste objectivo.
Explicou que, os cursos oferecidos nas instituições de ensino superior do país estão actualmente desalinhados, havendo disciplinas na mesma área de formação sem correspondência de uma unidade orgânica a outra.
Referiu que esta situação cria constrangimentos na mobilidade de estudantes e docentes de uma Universidade para outra, no país e a nível da sub-região da SADC, frisando que pretende-se harmonizar 70 por cento do currículo central dos cursos da mesma área do saber e 30 por cento manter-se-á diferente.
Disse estar ainda em curso a elaboração do regulamento de avaliação do desempenho do docente, cujo principal factor será a avaliação a ser feita por estudantes no final de cada disciplina.
Segundo a ministra, este diploma vai exigir do docente maior engajamento nas suas tarefas, e, ao estudante, mais responsabilidade na avaliação do desempenho do professor, frisando que este exercício vai contribuir na melhoria da qualidade neste subsistema de ensino do país.
Reconheceu, ainda, haver necessidade de um estatuto actualizado da carreira do investigador, frisando que o vigente, bastante ultrapassado, data desde 2001.
Para Maria do Rosário Sambo, o investigador tem um papel relevante no processo do ensino e aprendizagem, frisando que, “sem investigação, nem produção de novo conhecimento, o ensino torna-se cópia daquilo que já existe”.
Reconheceu, na ocasião, haver limitações na oferta formativa no ensino superior a nível da província do Zaire, situação que considerou de conjuntural, para quem decorre um levantamento geral para se aferir às reais dificuldades e traçar estratégias a médio, curto e longo prazo para a sua superação.
As dificuldades prendem-se com a falta de infra-estruturas condignas e adequadas ao funcionamento das instituições do ensino superior, laboratórios, bibliotecas e a escassez do quadro docente, fundamentalmente.
Angop
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